Chile

Generalidades

Área km²: 756.096

População: 17.574.003

Capital: Santiago de Chile

ISO 3166: CL

Densidade populacional:
23,2 hab/km²

Flor Nacional:
Copihue (Lapageria rosea)

O Chile é um importante exportador de frutas frescas, uva de mesa, mirtilos e cerejas. As culturas anuais mais importantes são trigo, aveia, milho, canola e arroz. O país é muito reconhecido por sua vitivinicultura e produção de pisco. Entre as hortaliças para consumo in natura destacam-se a alface, a cebola dourada, o tomate, a abóbora e a cenoura. Entre as espécies destinadas à agroindústria, se destacam o milho, o tomate, a alcachofra, o feijão verde, o aspargo, a ervilha verde e o pimentão. A produção animal é centralizada nas carnes de aves (frango e peru), bovina, suína e ovina. Os principais laticínios são os queijos maduros e frescos, seguidos pelo leite em pó, leite líquido e iogurtes. O Chile está entre os principais exportadores de sementes do mundo (principalmente milho e legumes), aproveitando especialmente as vantagens da entressafra.

Culturas Transgênicas

País cultiva transgênicos?

Sim

Area plantada com culturas GM

No Chile não há produção comercial de cultivos transgênicos, contudo, o país semeia culturas transgênicas para a produção de sementes de exportação. A área semeada para a produção de sementes para exportação é de cerca de 9.500 hectares.

Aproximadamente 49% dessa área é semeada com milho tolerante a herbicidas e resistente a insetos, 37,5% com canola tolerante a herbicidas e 13,5% com soja tolerante a herbicidas.

Desenvolvimentos locais?

Sim

Alguns exemplos de desenvolvimentos locais

• Uva de mesa resistente ao fungo Botrytis cinérea, desenvolvida pelo Instituto de Investigaciones Agropecuarias (INIA), financiamento público.

• Milho tolerante à seca, desenvolvido pela Universidad de Talca, financiamento público.

• Cítricos tolerantes à salinidade, desenvolvidos pela Pontificia Universidad Católica de Chile, financiamento público.

• Maçãs com enriquecimento nutricional, desenvolvidas pela Universidad de Chile, financiamento público.

• Trigo com maior peso de grão, desenvolvido pela Universidad Austral de Chile, financiamento público.

Benefícios das culturas transgênicas

A possibilidade de semear culturas transgênicas com fins de pesquisa e desenvolvimento tem gerado uma importante renda por serviços nessas atividades. A multiplicação de sementes com finalidades de pesquisa tem gerado exportações físicas que resultaram em entrada de divisas para o país. Por enquanto, não há produção comercial de culturas transgênicas, porém, estima-se que, se as culturas transgênicas fossem aprovadas para sua comercialização, o Chile poderia ser um excelente produtor de beterraba açucareira, milho e alfafa transgênicos. Além disso, alguns desenvolvimentos a nível mundial, como o trigo tolerante à seca e a canola com alto conteúdo de ômega 3, poderiam ser de interesse para os agricultores da zona sul do Chile. Em termos de área semeada, o trigo é a principal cultura no Chile e o principal desafio que sua produção enfrenta é a disponibilidade de água. Por outra parte, o óleo enriquecido com ômega 3 obtido a partir da canola GM permitiria abastecer a indústria chilena de salmão e o país já não dependeria das importações desse óleo.

Para mais informações sobre os benefícios

• Chile as a key enabler country for global plant breeding, agricultural innovation, and biotechnology. Sánchez MA (2020)

• Status of market, regulation and research of genetically modified crops in Chile. Sánchez MA and León G (2016)

Regulamentação dos cultivos transgênicos

1992

Desde

Breve descrição do marco regulatório

Até o momento, o marco regulatório chileno contempla apenas a possibilidade de autorizar a importação e uso de sementes GM para testes de campo e multiplicação de sementes para fins de exportação (Resolução 1523/2001). A entidade fiscalizadora da importação e cultura de OGM com medidas de biossegurança, conforme Resolução 1523 do ano 2001, é o Serviço Agrícola e Pecuário (SAG), dependente do Ministério da Agricultura. O SAG realiza uma análise de riscos obrigatória para cada OGM sem antecedentes de uso prévio no país, a fim de poder conferir uma autorização de cultura com medidas de biossegurança. Esse processo é realizado “caso a caso”, considerando sempre as particularidades da localidade onde a cultivo for realizado.

• Marco regulatório